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Precisamos conversar...


No mês de setembro, mas não menos nos demais meses do ano, PRECISAMOS CONVERSAR sobre a PREVENÇÃO AO SUICÍDIO.



Setembro amarelo, tempo de falar sobre pessoas que desistem da vida. Crédito: Wix Imagens

Suicídio pode ser definido como o ato deliberado executado pelo próprio indivíduo, cuja intenção seja a morte. Durante séculos da nossa história, por razões religiosas, morais e culturais o suicídio foi considerado um grande “pecado”, talvez o pior deles. Por essa razão, ainda temos medo e vergonha de falar abertamente sobre esse importante problema de saúde pública. Precisamos ter MAIS AMOR e MENOS JULGAMENTO, esse assunto precisa de muita atenção, cuidado e carinho.


A constante negatividade, baixa autoestima, preocupação, ansiedade, entre outros sentimentos que nos ferem, abre caminho para doenças e transtornos psiquiátricos. Por conta dessa inconformidade com a vida e, possivelmente, impotência para mudá-la, surge o desejo de morrer. Assim, pensamentos como “a vida não vale a pena” ou “não há mais nada que posso fazer para mudar”, bem como planos para tirar a própria vida se manifestam. Eventualmente, esse comportamento autodestrutivo pode levar ao suicídio.

“Viver é a melhor opção, plante flores e floresça a sua alma, diga sim a vida”.

Não sou psicólogo nem psiquiatra, mas identifiquei a oportunidade de trazer informações estatísticas e compartilhar conhecimento, e como o próprio título diz, precisamos conversar, esse sempre é o melhor caminho a ser seguido.


A campanha sobre o SETEMBRO AMARELO que trata este tema é recente no Brasil, desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, organiza a nível nacional a campanha de conscientização. O dia 10 de setembro é a data oficial, porém a campanha acontece durante o ano inteiro.


A cor da campanha foi adotada por conta da trágica história que a inspirou. Em 1994, um jovem americano de apenas 17 anos, chamado Mike Emme, tirou a própria vida dirigindo seu carro amarelo. Seus amigos e familiares distribuíram no funeral cartões com fitas amarelas e mensagens de apoio para pessoas que estivessem enfrentando o mesmo desespero de Mike e a mensagem foi espalhando mundo afora.


O suicídio é uma das principais causas de mortalidade no Brasil e no mundo. No Brasil cerca de 12 mil suicídios são registrados todos os anos. Se abrangermos esse dado a nível mundial, teremos mais de 01 milhão de registros. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde – OMS, o suicídio mata uma pessoa a cada 40 segundos.


Cerca de 96,8% destas ocorrências possui como relação algum tipo de transtorno mental. A depressão ocupa a primeira posição, seguida de transtornos bipolares e abuso de substâncias lícitas e ilícitas. Pesquisas indicam que os óbitos suicidas são três vezes maiores entre os homens do que entre mulheres. Inversamente, as tentativas de suicídio são, em média, três vezes mais frequentes entre as mulheres, outro dado alarmante retrata que para cada ocorrência efetiva de suicídio existem mais três tentativas que não foram executadas.

“Não é drama, não é chamar atenção, nem é falta de Deus e muito menos frescura”.

NOSSOS JOVENS


Precisamos conversar sobre e com os nossos jovens. Com base em uma pesquisa do U.S. Department of Health and Human Services | Centers for Disease Control and Prevention, realizada em 14 de setembro de 2020, relatou que 01 a cada 04 dos jovens entre 18 e 24 anos considerou seriamente suicídio nos últimos 30 dias.

“Tenha em mente que os momentos difíceis também passam”.

PREVENÇÃO


Ouça sem julgar | Ofereça ajuda | Respeite os sentimentos | Instrua na busca de ajuda profissional.


A prevenção não pode se limitar à rede de saúde, mas deve ir além dela, sendo necessária a existência de medidas em diversos âmbitos da sociedade, que poderão colaborar para a diminuição das taxas. O conhecimento dos fatores de risco e sinais de alerta pode auxiliar na prevenção do suicídio.


As pessoas que já tentaram o suicídio têm de cinco a seis vezes mais chance de tentar novamente, precisamos estar atentos a esses dados, pois refletem uma informação muito alarmante.


Um simples comentário, principalmente vindo de um jovem, como: “eu desejaria não ter nascido”, “caso não nos encontremos de novo” ou “eu preferia estar morto”, pode ser um sinal de alerta, pois demonstram desespero, desesperança e desamparo.


Alguns eventos que geram estresse significativo podem ser um dos fatores determinantes para uma decisão impensada, como a separação conjugal, perda de uma pessoa próxima, ou algo que leve a um prejuízo econômico como a perda de emprego. Esses fatores estão associados a pensamentos suicidas.


Estas são as principais causas que levam ao suicídio e precisamos estar em plena atenção para com as pessoas que nos cercam. Não estar bem é algo normal, mas necessitamos nos preocupar quando esse sentimento se faz presente com muita frequência ou por um período muito longo.

Existem diversas ações que podem ser promovidas com o objetivo de evitar a ocorrência de suicídios, sendo essas: consultas e tratamento com psiquiatras e psicólogos, grupos de escuta, atividades e acompanhamentos terapêuticos, oficinas terapêuticas, atividades feitas por lazer, distração e divertimento.


Existe também o Centro de Valorização da Vida, que é uma associação sem fins lucrativos, filantrópica e reconhecida como utilidade pública desde 1973. Eles prestam serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar, com sigilo e anonimato. Você pode acessar mais informações em: https://www.cvv.org.br. Os atendimentos voluntários ocorrem 24 horas por dia, todos os dias.

“Seja solidário. Nós nunca sabemos o que cada pessoa enfrenta”.

ESPERANÇA DE UM AMANHÃ MELHOR


Pense sempre nas pessoas que te amam e que estão ao seu lado, imagine o como a vida delas será triste sem a sua presença! Como diria nosso mestre Renato Russo “Mas é claro que o sol vai voltar amanhã”, a esperança de um futuro melhor é o que nos move, a expectativa de poder realizar o magnífico em nós. Tenha esse pensamento positivo. Pense que não estar tudo bem também faz parte da vida, e peça ajuda quando for preciso. Preste atenção nas pessoas que te cercam, seja solidário e sempre pense no próximo!

COM AMOR ...


Felipe Saraiva

*Felipe Saraiva - Administrador de Empresas

Especialista em Marketing e Responsabilidade Socioambiental

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