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Olha o carnaval aí gente!

Atualizado: 21 de fev. de 2019

Por Vagner Oliveira


Carnaval
Google Imagens

Originalmente, o termo “carnaval” significa “adeus à carne” (carnis levale, em latim), pois representava, na Idade Média, uma época de festas populares que antecediam um período de grande jejum. O Carnaval passou a ser adotado pela Igreja Católica como o marco inicial da Quaresma a partir de 590 d.C.


No Brasil, esta festa popular começou a ser comemorada em meados do século XVII, por influência dos europeus, que já festejavam muito antes, principalmente na França e na Itália.


Blocos e bandas de rua, desfile de escolas de samba, bailes, concursos de fantasias (lembrando que TRAVESTI não é uma fantasia, não é bagunça e deve ser respeitada, mas isso já tratei em outro tema)... Em todos os Estados, não faltam opções para quem gosta de curtir o Carnaval.

E movimenta o turismo, comércio, hotelaria, alimentação... são milhares de pessoas vindo de várias partes do mundo para curtir a maior festa do planeta, como o carnaval na Cidade Maravilhosa, que este ano é estimado uma arrecadação de R$ 3,5 bilhões, segundo a Prefeitura do Rio de Janeiro.


Mas você não fica cansado de ter sua imagem de brasileiro associada a carnaval, futebol e praia? Se você gosta de carnaval, ótimo, deve estar se divertindo, mas será que todo brasileiro gosta? E de que Carnaval estamos falando? Será que não há muitas formas de se celebrar o Carnaval? Por exemplo, eu, já estou na fase de curtir o carnaval com meu noivo e meu cachorro na casa dos meus pais no interior e não deixa de ser um GRANDE carnaval para nós.


As comemorações populares tradicionais são cada vez mais vistas como fonte de renda. As brincadeiras populares, os blocos de rua, os folguedos perderam espaço nas grandes cidades e deram lugar ao carnaval institucionalizado e até globalizado, vendido no mundo todo como fonte de renda para canais de televisão, revistas de massa e turismo. Ganha-se e perde-se nesse movimento. O comércio é beneficiado, postos de emprego são criados e a economia se movimenta. Mas a riqueza e a diversidade de nossas culturas são apagadas e apenas as formas mais rentáveis têm destaque, bem como perde-se a “noção” nesse período.


É uma pena que a maioria das pessoas nem pare para pensar na diversidade cultural que marca as muuuitas formas de comemorar o carnaval no Brasil (e, diga-se de passagem, as formas mais divertidas são também as mais simples e espontâneas), como me lembro dos blocos nos bailes de carnaval nos salões...


A diversidade é umas das principais características da folia. Aliás, é nesta época que o povo faz e e solta um personagem que não vive em si o ano todo, ou até vive, mas escondido...

Mas o pior nem é isso, o povo confunde o termo “adeus à carne” de que a “carne” humana nessa época não tem dono, que se pode tudo, como dizem: já que é carnaval né...

Porém não devemos esquecer que é festa, mas também é cultura, é respeito, é descanso e que nessa época as leis continuam a vigorar.


A diversidade é uma riqueza que devemos preservar, respeitar e valorizar.

Respeite as Minas, os Manos e as Monas #RESPEITETODOXS


Vagner Oliveira - Advogado

Especialista em Direito Homoafetivo

Pós-Graduado em Processo Civil

Instagram: @eu.vagner

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