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O corona - Por Vanessa Campos

Reflexão sobre um inesperado inimigo...

Nunca, nas minhas previsões mais malucas, pensei que passaria por uma situação como esta que estamos passando. Achei que meus netos ou, com muita sorte, meus bisnetos iriam vivenciar algo semelhante.


Um caos, uma guerra nuclear, uma tragédia natural. Realmente fiquei estarrecida.


A primeira semana foi tensa. Fiquei muito preocupada, até porque acredito que eu minha filha tivemos uma versão light do tal Corona.


Tive medo, preocupação, angustia. Mal dormi, passei quase que neuroticamente esperando o tempo passar e então poder ver que estava tudo bem. O que realmente aconteceu. O que fiz? As recomendações médicas, muita meditação e técnicas para acalmar meu coração. Além de, é claro, horas e horas de conversas com as pessoas que acalmam a minha alma e me dão amor.


Hoje, em isolamento há 14 dias- porque como não sabia se estava ou não com vírus resolvi ficar em casa, sem nenhuma circulação até porque meu prédio tem muitas pessoas idosas. E não queria passar para ninguém esse “negócio”. A rotina foi se estabelecendo normalmente (trabalho, ginástica, afazeres domésticos). Tudo no seu devido lugar – disciplina é importante nesse momento. Ocupar a mente, o corpo e a alma também.


Minha preocupação então foi transferida para meus familiares, amigos e pacientes. Me esforçando para que eles se sentissem melhor, não fossem contaminados pelas repercussões do confinamento. Não transbordassem tomados pelas angústias externas e internas. A maioria das pessoas que me cercam estão um tanto quanto reflexivas: se recolher faz com que possamos pensar nas nossas vidas.


O silêncio, o recolhimento social faz com que nos deparemos conosco. Não tem como fugir. Vamos ter muitos momentos de questionamentos. Olhar para dentro de si. O que você vê? Seus medos? Suas qualidades? Suas magoas? Seus preconceitos? Suas atitudes? Suas crenças? Suas virtudes? Seus fracassos? Sim estamos sendo bombardeados por nossos sentimentos- sejam eles quais forem. E eles alternam como uma montanha russa.

Costumo dizer que nesses momentos subimos no carrinho da montanha russa, colocamos a trava de segurança e vamos lá, na maioria das vezes, ela é no escuro. Nem sabemos qual sentimento virá. Se estaremos lá em cima, no meio de um 360, ou numa queda livre! Temos que lidar com isso. Precisamos urgentemente evoluir. Precisamos enfrentar nossos demônios, aqueles que estão guardados. E fortalecer nossas potencialidades. A luta será interna, contra as nossas limitações para vencermos e evoluirmos. Precisamos perdoar a nós mesmos, nossas faltas e aos que tenham nos causado algum mal.


A humanidade está tento a oportunidade de mudar, infelizmente só aprendemos na dor, no sofrimento. Não estamos tratando os outros, a nós mesmos e o planeta da melhor forma. Temos que mudar a “vibe”. Repensar nossos valores, olhar para além dos nossos umbigos, sermos menos individualistas, pensar no coletivo. É urgente! Cada um tem que fazer a sua parte, por si! O passado tem que servir como aprendizado, se faz necessário resignificar as experiências para podermos construir um novo amanhã.


Você já parou para pensar em como lida com as pessoas que estão na sua volta? Elas tem a sua melhor versão? Você as trata da forma como você gostaria de ser tratado? Você acha que elas sabem da importância que elas tem na sua vida? Pois então... temos que pensar se estamos no caminho certo.

Isso que você vê é o que gostaria? Se sim... fico muito feliz por ti... siga em frente, a tempestade vai passar e você sairá mais fortalecido disso tudo. Se não... vamos lá, a mudança está dentro de ti. Busca o teu melhor. Enfrenta teus medo, as tuas limitações. Luta! Nosso maior inimigo está dentro de nós. Só depende de ti! Tenha coragem! E perseverança.


O que eu espero? Sou uma eterna positiva e, até eu diria romântica- embora não pareça. Espero que cada um evolua dentro do seu processo. Espero que as pessoas se tornem melhores. Que tratem os outros com compaixão. Que cuidem do planeta em que vivem com o respeito que ele merece. Mas acima de tudo eu espero que a “vibe” se modifique.


Que possamos nos equilibrar e não vibrar mais no medo e na preocupação. Que sejamos conscientes, coerentes e responsáveis. E que possamos vibrar na energia do amor. Na energia das coisas boas, positivas. Na esperança de que tudo vai dar certo e que iremos sair dessa transformados, mais fortes e inteiros. Para isso cada um tem que fazer a sua parte de verdade.


Vanessa Campos - psicologa
Vanessa Campos

Comece por hoje, pelos pequenos gestos.


Um beijo grande com todo o meu carinho.


Por favor se cuidem e cuidem de quem você ama e do próximo que você nem conhece.


Vanessa Campos

Psicóloga



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