Como é de conhecimento de muitas pessoas que trabalham com qualquer tipo de serviço, o segmento de normas técnicas e regras é muito comum, pois padronizam diversas áreas de atuação e fazem com que os “clientes” possuam um grau de experiência adequado e seguro para as suas necessidades.
O que eu pretendo trazer para essa leitura é a consciência de que estamos constantemente voltados a seguir normas e padrões. As nossas vidas giram em torno disso.
É muito comum regulamentos nacionais possuírem embasamento com referência a organismos internacionais, pois a aplicação de regras busca a utilização de padrões no mundo todo.
Quando há necessidade de fazer uma simples viagem de negócios, partindo de Porto Alegre até São Paulo, você faz ideia de quantos órgãos, regulamentos e padrões foram seguidos para que você possa realizar essa viagem na Santa Paz de Deus?
Vamos analisar de uma forma mais prática esses exemplos:
Ao sair do escritório, possivelmente pegará um elevador para descer até a recepção do prédio em que o seu escritório está localizado, PRONTO! Temos aqui o nosso primeiro artigo que precisou passar por uma série de padrões e testes incessantes para que pudesse estar em operação. O elevador é considerado o meio de transporte mais seguro do mundo. Pensem na quantidade de testes que foram realizados para que aquele artigo subisse e descesse, sem cair e machucar ou até mesmo matar os seus usuários. Os acidentes envolvendo elevadores e escadas rolantes matam cerca de 30 pessoas e ferem gravemente outras 17 mil por ano nos Estados Unidos, de acordo com o Departamento de Estatísticas do Trabalho.
O próximo item que possivelmente você pegará é um veículo, para ir até o aeroporto, assim teremos o nosso segundo artigo que precisou passar por diversos processos de segurança para poder estar em circulação pela cidade, o CARRO!
Creio não ser novidade a sequência de testes que são realizados em todos os veículos que circulam pelo país. Uma das normas que regem as operações automotivas é a International Automotive Task Force (IATF). O tempo total para a produção de um carro é de 24 horas e 70% da produção é automatizada, possuindo interferência humana em apenas 30% do seu processo. O Brasil é um dos países em que há mais mortes por acidentes de trânsito no mundo, importa-se salientar que a maioria dos acidentes são em virtude de falhas por interferência humana e não de produção de veículos.
Bom, após chegar no aeroporto para embarcar, você está com fome e vai comer um pão de queijo que custa quinze reais. Pensem comigo em todo o processo que foi necessário para que aquele pão de queijo tão saboroso e caro fosse consumido. Agora vamos supor que esse alimento fez mal e há necessidade de tomar alguma medicação. Temos no Brasil um órgão que é responsável pela proteção da saúde da população através do controle sanitário de produtos e serviço, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Esse órgão é muito conhecido por possuir requisitos de que demandam uma rigorosa aplicação, pois as suas normas afetam diretamente a vida.
Até aqui chegamos vivos e em segurança, vamos embarcar no avião! Agora vamos falar sobre normas de segurança na aviação civil. Trabalho atualmente no ramo de aviação e essa oportunidade fez com que eu aumentasse o meu conhecimento de todos os regulamentos elaborados pelos órgãos de fiscalização nacional e internacional. Os critérios da aviação são extremamente rigorosos, isso faz com que o avião propriamente dito seja o segundo meio de transporte mais seguro do mundo, perdendo apenas para o elevador. No Brasil somos regidos pelas determinações da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil).
Outros órgão que auxiliam a ANAC na preservação da segurança dos usuários são: O Ministério da Infraestrutura, o CONAC (conselho de aviação civil), a CANAERO (comissão nacional de autoridades aeroportuárias), a INFRAERO (empresa brasileira de infraestrutura aeroportuária), O DECEA (departamento de controle do espaço aéreo) e o CENIPA (centro de investigação e prevenção de acidentes aeronáuticos).
Pensem que cada um destes órgãos possuem uma série de normas que devem ser seguidas à risca, essa exigência exacerbada que torna o segmento de aviação civil extremante seguro.
As estatísticas para acidentes na aviação são ótimas. Se depender só da matemática, você vai precisar voar muito, mas muito, até estar em um avião que se acidente. O risco de envolvimento de um avião num acidente é de um em 3 milhões, já o risco de morrer em um acidente aéreo são ainda menores: 1 em 6,3 milhões.
Quando falamos de normas, nos vem em mente uma série de burocracias e atendimento de regras predeterminadas, mas confesso que são extremamente necessárias para que todos estejam em segurança. A existência desses padrões é o que mantém a nossa sociedade em conformidade com os critérios que devem ser seguidos pelas empresas em seus vários ramos de negócios.
A elaboração dessa coluna possui o intuito de simplesmente elucidar a existência de todas as normas e regras que devem ser seguidas para que possamos ter uma qualidade de vida efetiva.
*Felipe Saraiva - Administrador de Empresas
Especialista em Marketing e Responsabilidade Socioambiental
Contato: fellipesaraiva@hotmail.com
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