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Artigo: Tecnologia e comunicação, a conexão entre humanos

Atualizado: 17 de dez. de 2019

Por Luís Felipe Pissaia*


Você já teve a sensação de que estamos conversando demais? Pois, eu sim! Digitamos, gravamos e enviamos áudios e vídeos, comunicamos ao mundo sobre nossa existência. Para quem ainda não se deu conta, estamos em constante revolução na comunicação humana. Não há mais distinção de um momento fixo entre a revolução industrial e a tecnológica. O momento é hoje, agora! Nesse instante de leitura, a comunicação acontece, se modifica, transforma, informa e traduz a essência básica da humanidade, a interação do ser humano com os demais.



Nunca estivemos tão conectados! Aparelhos eletrônicos, aplicativos, realidade virtual, inteligência artificial, todas estão no nosso meio e influenciando a maneira em que percebemos e convivemos com o mundo. E, diga-se de passagem, que mundo pequeno. A comunicação tecnológica apequenou o mundo. Aproximou grupos sociais, dividiu alguns e fortaleceu outros. O que ninguém pode negar é que atualmente, e escrevo do ano de 2019, os seres humanos estão mais próximos, conectados e informados.


Contudo, a aproximação tecnológica por vezes distanciou a presença física, a conexão virtual desconectou a interação interpessoal. E a informação? Sim, estamos informados! Mais do que nunca na história há um bombardeio de informações, muitas vezes inúteis, passiveis da falta de criticidade do homem moderno. O qual incorpora para si, notícias irreais, modelos inúteis e costumes fúteis, que desdenham da realidade contemporânea.


A conexão entre humanos ocorre de forma substancial por meio de suas interações, sejam positivas ou negativas. Interações podem ocorrer por meio da comunicação, a qual é construída e desconstruída gradativamente. Se em algumas décadas atrás nos preocupávamos em redigir cartas que demoravam meses para chegar ao destinatário, hoje nos deleitamos com mensagens instantâneas, chamadas de vídeo em tempo real e o mundo em nossa mão. Toda a produção humana, perpassando pelos séculos de criação artística e intelectual até a evolução e miscigenação cultural das nações está armazenada na nuvem.


A nuvem, que abandona a significância meteorológica e mística converteu os carneirinhos “contados” pelas crianças, por algoritmos que conectam e codificam todas as informações disponíveis no mundo.


Logo, a informação armazenada nos sacia dos desejos terrenos de comunicação. Vivemos, sim estamos vivos! E gostamos de mostrar tal vitalidade ao mundo! A comunicação fundamenta-se na necessidade de se apresentar aos demais. As conexões ocorrem por meio da afinidade sobre aquilo que falamos, consumimos e comunicamos.


Portanto, falamos demais? Sim, falamos muito! Não diria demais e, sim por vezes, em excesso. Falas inúteis ou produtivas, todas são características do nosso tempo, da época em que vivemos e dos modelos de vida que adotamos.


A revolução não para! A comunicação é necessária e a conexão entre os seres humanos é inevitável e compreensível.



Sobre o autor:

*Enf. Me. Luís Felipe Pissaia 

Enfermeiro COREN/RS 498541


Mestre e Doutorando em Ensino

Especialista em Gestão e Auditoria em Serviços da Saúde


Docente Universidade do Vale do Taquari - Univates 


Enfermeiro de Rel. Empresariais - Marketing e Relacionamento Unimed VTRP

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